Jorge Alexandre Moreira é autor de Numezu, um terror psicológico que, além de ser um dos livros mais aterrorizantes de 2020, ficou entre as 10 finalistas do Prêmio Jabuti, um dos mais importantes da literatura brasileira. Foi a primeira vez que um terror esteve na lista e, inclusive, em uma categoria criada para abraçar novos gêneros, a Romance e Entretenimento.
O livro já havia vencido o prêmio ABERST 2020, uma das mais importantes premiações da literatura de terror e suspense nacionais. A ABERST, Associação Brasileira de Escritores de Romance Policial, Suspense e Terror, é a entidade que, hoje, mais fortalece a literatura de gênero no mercado nacional e ajuda a reunir novatos e veteranos, independentes e consagrados para que o público tenha mais acesso a esse tipo de escrita.
Tanto o prêmio da ABERST quanto constar na lista de finalistas do Jabuti, segundo Jorge, ajuda a abrir portas para um gênero que ainda é considerado, de certa forma, marginalizado. “A voz da literatura de terror está sendo ouvida e nós temos muito a dizer”, afirma Jorge.
Mais do que um livro de terror, Numezu é um mergulho nas sombras do comportamento humano. A história traz Laura e Raoul, um casal em crise, isolado num barco e que encontra uma antiga estatueta – a imagem de uma entidade perversa, ardilosa, que manipula as fragilidades humanas para conseguir liberdade. Agora, os fantasmas pessoais, desejos secretos e disputas de poder que já assombravam Laura e Raoul ganharão um componente violento e sombrio.
Sexo, violência, drogas, terror. Numezu é um livro tenso, claustrofóbico, não destinado aos estômagos fracos. Mesmo transitando pelo sobrenatural, ele não nos deixa esquecer que os piores monstros são humanos. Uma leitura de tirar o fôlego, do começo ao fim.
Numezu – Monomito Editorial
Valores: R$24,90 (físico) e R$9,90 (e-book com conto inédito Águas Mortas)
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