Em Dezembro do ano passado foi lançado no Japão, Boku No Hero, ou como conhecemos, My Hero Academia – Dois heróis, e no dia 08 de Agosto a Sato Co., lança no JFX em versão dublada que traz grandes nomes da internet em pontas e grandes nomes da dublagem brasileira para este trabalho, como Guilherme Briggs como All Might, a experiência é demais, no texto existem ambientações de todas as regiões do país, pequenas gírias e piadas que só nós Brasileiros compreendemos.
O Filme – Este por si só trás Deku (o protagonista da série animada) como se queria ao final da segunda temporada ao enfrentar All for One, forte, sem limites e quebrando tudo sem as preocupações de seu corpo, além claro de lutar ao lado de seu antecessor e mentor All Might, que está gradativamente perdendo seus poderes mas ainda tem muito a mostrar, os tons de piadas e as nuances de toda a trama não tem relação nenhuma com a série, os acontecimentos desta série mostram mais um grande fan-service que cumpre muito além do esperado seu papel, é incrível como a cada minuto se fica preso a tela e com uma profusão de sentimento que as personagens entregam e a trama faz questão de salientar, como os dramas, rivalidades e principalmente as personalidades que aqui estão mais que nunca salientadas, trazendo o melhor de cada um.
A Dublagem – A Dublagem já tem duas máximas de interpretação, vamos direto a uma polêmica que estava circulando na internet, Jacqueline Sato, sim este nome não é coincidência ela é filha de Nelson Sato, o que não tira seu mérito de estar no elenco, ela tem desde 1990 uma carreira na TV, vários trabalhos até mesmo em novelas da Tv Globo, mas muitos reclamaram de sua dublagem que parecia uma leitura de testo, mas ao meu ver estava bem, sabemos que muitos fatores influem na dublagem, desde a dublagem anterior que neste caso pode ter sido Estadunidense, pois o tempo das falas e o encaixe do movimentos das bocas é uma dificuldade grande. Mas o fato que ela foi bem sim, no começo houveram estranhezas com as falas, mas de modo geral com todos as personagens houveram, não estamos falando de uma série que tem mais tempo de produção e desenvolvimento, mas de um filme que tem 96 minutos, o que faz com que o aquecimento do trabalho seja durante o processo e sem muitas opções de testes.
Já a pérola que todas queriam ouvir que era Guilherme Briggs como All Might, foi muito bom, trouxe como sempre um carisma e uma personalidade ao personagem que teve como inspiração do autor, Super Homem, personagem já conhecido de G.B., que mesmo assim conseguiu imprimir sua marca neste trabalho, já os youtubers Leonardo Kitsune, Vii Zedek, Gabi Xavier, que tiveram apenas algumas pontas em todo o filme, são o toque marketeiro que a UniDub e a Sato Co. fizeram, influenciadores que falam de animes e poderia atrair grande público, junto a uma certa publicidade grátis, mas para mim foram mal aproveitados, as vozes e sincronia com animação estavam perfeitos, quem sabe na série animada possamos ter mais deles…
Pontos Negativos – Já no início do filme eles mostram uma cidade americana em um estado, mas a legenda e dublagem indicam outra, isso trás um pequeno incômodo para quem gosta de detalhes, mas sem relevância para a história, outro pontos negativo que aponto são as diferenças de vozes das duas formas que All Might pode ter, na versão japonesa, a diferença do timbre e intenção que ouvimos é gritante, pois na história o herói sofreu sérios ferimentos em uma batalha que resultou na perda de metade de um dos pulmões, já na versão brasileira, esta mudança é são sutil que para fãs quase não se identifica, mas para quem não conhece a obra original é mais perceptível, em um vídeo promocional produzido pela Sato, Briggs explica que não queria deixar tão caricato e parecido com a versão original, fazendo esta mudança sob a supervisão de Úrsula Bezerra diretora de dublagem.
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