DOOM: The Dark Ages leva a franquia ao passado — e redefine o futuro dos FPS
A franquia DOOM, um verdadeiro marco dos jogos de tiro em primeira pessoa, acaba de atravessar um novo portal — desta vez, direto para a Idade das Trevas. DOOM: The Dark Ages, lançado neste mês, leva a ação frenética e sangrenta da série para um cenário medieval sombrio e brutal, provando que é possível reinventar uma fórmula clássica sem perder sua essência.
Se em DOOM Eternal vimos o apogeu da velocidade e violência futurista, em The Dark Ages somos convidados a sujar as botas em lama, sangue e aço. A pergunta que não quer calar: essa viagem no tempo funciona? Spoiler: funciona — e muito.
A grande novidade é o cenário. Em vez de estações espaciais ou cidades futuristas devastadas, The Dark Ages nos coloca em um mundo arruinado por guerras medievais e corrompido por tecnologia infernal. Castelos tomados por monstros, vilarejos carbonizados e um céu permanentemente em chamas compõem o pano de fundo dessa nova jornada do Doom Slayer.
Mesmo assim, a identidade visual é familiar: tudo pulsa, sangra e grita. A mistura de medieval com steampunk (sim, tem dragão mecânico que cospe napalm) é ousada, mas convincente.
A mudança de ambientação trouxe também novas mecânicas de combate. Se você achava que a motosserra era brutal, espere até empunhar o escudo giratório — uma verdadeira serra circular de guerra. Outras novidades incluem a besta de plasma, martelos rúnicos e até montarias demoníacas em certas seções.
O ritmo continua acelerado, mas com um toque mais pesado e visceral. O combate corpo a corpo foi claramente priorizado, tornando cada encontro uma dança sangrenta entre aço e carne.
Rodando na nova versão da id Tech Engine, DOOM: The Dark Ages impressiona com seus gráficos densos, texturas grotescas e uma direção de arte que mistura o gótico com o grotesco. A trilha sonora, como sempre, é um destaque à parte: riffs de guitarra distorcida se misturam com tambores tribais e instrumentos medievais, criando uma atmosfera opressiva e épica.
Com a recepção positiva e a inovação bem-sucedida, fica a dúvida: será esse o novo caminho da franquia? The Dark Ages planta sementes para futuros spin-offs e até mesmo uma nova trilogia. Seja qual for o próximo passo, o DOOM Slayer provou que não precisa de armas futuristas para fazer estrago.
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